quarta-feira, 17 de julho de 2013

Praça Batista Campos


Historia

No século XIX, o terreno pertencia a Maria Manoela de Figueira e Salvaterra, sendo por isso conhecido como “Largo da Salvaterra”. Com a morte da proprietária, as terras passaram a pertencer à Câmara Municipal de Belém, passando a chamar-se “Praça Sergipe” em homenagem à nova província brasileira.
Em 1897, durante o governo do intendente Antônio Lemos, Neemias a praça passou a homenagear um dos principais personagens da Cabanagem: Cônego Batista Campos, morto em 1834. Na época o terreno era um largo singelo com algumas mangueiras e um canteiro central. Três anos depois, quando foi inaugurada em 14 de fevereiro de 1904, já era uma das praças mais belas de Belém.
Obedecendo ao plano “jardins sem grades”, a praça possuía quatorze entradas. Mais tarde os calçadões da Praça receberam revestimento de mosaico português com motivos marajoaras. A praça possui coreto, cursos d'água com pontes e está jardinada com árvores nativas.
A Praça Batista Campos foi tombada pelo município em 1983. Em 1986, ganhou novos equipamentos e passou por uma restauração buscando características perdidas no início do século XX, durante a primeira reforma.
Desde 1997, a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos (AAPBC) também ajuda a preservá-la.
Em 2005, ganhou o "Prêmio 100 Mais Brasil", da Revista Seleções, como a mais bela praça do país.
Em 2008, a praça passou por uma grande restauração coordenada pela empresa Engetower Engenharia, ganhando um ar mais moderno e organizado, porém mantendo suas principais características, como seu ajardinamento sem grades, plantas ornamentais, córregos, pontes, bancos, caramanchões, chafariz e coretos de ferro.
Hoje é intitulada como um dos ambientes mais bonitos da capital paraense possui quase 3 mil metros quadrados de área construída, fica localizada no quadrilátero formado pela Serzedelo Corrêa, Mundurucus, Tamoios e Padre Eutiquio. Classificada também como um espaço cultural onde os visitantes podem praticar atividades físicas, lazer ou apenas buscar por paz e sossego (PIETRY, 2010).
Todos os dias centenas de pessoas visitam a praça e devido a isto o logradouro exige cuidados e manutenção, tudo para que não perca o seu “charme europeu”, conquistado e mantido até hoje.












Praça do Relogio (Siqueira Campos)





















Praça do Relógio anos 50

Historia


Relógio - Um relógio monumental, um verdadeiro regulador do movimento e da vida urbana vae ser montado na praça Pedro II (largo de Palacio), ou mais precisamente, no quadrilatero limitado pela avenida 16 de Novembro, ruas Predro Rayol, Marquez de Ponbal e Doca do Ver-o-Peso...”

Fragmento extraído do relatório apresentado ao Conselho Municipal de Belém, em sessão de 20 de maio de 1930, pelo intendente de Belém, Senador Antonio de Almeida Faciola.



A Praça Siqueira Campos, no centro comercial de Belém, foi inaugurada em 5 de outubro de 1931, para homenagear um dos dezoito revolucionários paraenses heróis do Forte de Copacabana. Na memória cultural histórica da cidade das mangueiras, o monumento que ornamenta a  praça, atualmente conhecida como Praça do Relógio, foi encomendado pelo Intendente de Belém, Antonio Faciola, no início de 1930, durante o governo de Eurico de Freitas Valle, conforme mensagem apresentada ao Congresso Legislativo do Pará.

O local escolhido para a construção da praça era um terreno baldio conhecido como Praça dos Aliados, após demolição do prédio onde deveria funcionar a Bolsa de Valores, no período áureo da borracha (anos 10 do sec. XX). Anterior a tudo isso, no lugar existia a embocadura do igarapé do Piri. Hoje o endereço é conhecido por todos como um quadrilátero que compreende a Travessa Marques de Pombal, Rua Pe. Champagnat, Av 16 de Novembro e a doca do Ver-o-peso. O monumento que deveria decorar a praça seria de um relógio a ser instalado no alto de uma elegante torre de ferro, de doze metros de altura, com decoração que indicasse os pontos cardeais e quatro medalhões simbolizando as quatro estações do ano escritas em italiano, mostrador com iluminação noturna e sirene elétrica que deveria tocar às 8h, 12h e 18h.

Apesar de constar nos documentos oficiais (a requisição do relógio à empresa inglesa Walters Macfarlaine & Companhia), hoje, podemos verificar na torre que sustenta a peça uma placa indicando fabricação feita pela empresa, J. W. Benson Ltda. Encontramos registros não oficiais que afirmam também que o relógio foi fabricado pela empresa J. W. Benson Ltda e trazido ao Brasil pela Walters Macfarlaine & Companhia.



Nenhum documento oficial foi encontrado para esclarecer a divergência. Compondo o belo visual da praça, acompanham quatro postes ferro com belas luminárias, porém mais antigos. Foram fabricados pela Macfarlaine em 1893. Durante a revolução de 1930, Eurico Valle e Antonio Faciola foram depostos, não podendo inaugurar a obra. No entanto, o evento aconteceu, grandioso, proporcionando à Belém o charme europeu. Na ocasião fizeram-se presentes o major Joaquim de Magalhães Cardoso Barata, Governador do Pará, e o Padre Leandro Pinheiro, intendente de Belém. A Praça Siqueira Campos, ou Praça do Relógio, já recebeu várias restaurações no decorrer dos anos, na restauração feita em 1988 o relógio voltou a funcionar regularmente; em 1994 a praça recebeu outra revitalização, desta vez exibindo novas cores no relógio e nos postes, como resultado do projeto de “Valorização Cromática dos Elementos em Ferro” das praças de Belém, realizado pela Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). Mesmo não se ouvindo mais o toque da sirene e nem vendo seus ponteiros luminosos à noite, o relógio inglês continua a orientar os belenenses que percorrem todos os dias aquelas ruas no ritmo acelerado do trabalho. A belíssima praça integra o centro histórico de Belém e foi tombada pela lei federal de 09/11/1977 e por lei municipal de 30.03.1990. Compreende uma área total de 2.727,45m², 1.246,78m² de área pavimentada e 1.480,67m² de área verde, no Bairro da Cidade Velha.

 Informações sobre o Relógio em resumo:

Solicitação: O monumento foi encomendado pelo intendente de Belém, senador Antonio de Almeida Faciola, no início de 1930, para homenagear um dos dezoito revolucionários paraenses heróis do Forte de Copacabana.

Inicio: A encomenda é do início de 1930, sem data específica.

Entrega da obra: A inauguração da praça é de 5 de outubro de 1931.

Significado: A obra é um relógio no cento de um quadrilátero, feito em homenagem a Antonio de Silveira Campos, tenente paraense morto na Revolução.

Material utilizado: Ferro

Dimensões: 12 metros de altura L

Localização da obra: em um quadrilátero próximo ao Ver-o-Peso, que compreende a Travessa Marques de Pombal, Rua Pe. Champagnat, Av 16 de Novembro e a feira do Ver-o-peso. Antes da praça, nesse local foi construído o prédio em que funcionaria a bolsa de valores (anos 10), porém foi demolido e posteriormente o local passou a chamar-se Praça dos Aliados.

Nome do Artista: De acordo com os registros nos documentos pesquisados o relógio da praça foi uma encomenda feita à empresa inglesa Walters MacFarlaine, mas o nome da empresa J.W. Benson também aparece como fabricante na própria torre do relógio. Entendemos que as duas empresas trabalharam na construção da obra, uma sendo responsável pelo relógio e outra pela torre de ferro que sustenta o relógio.











quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ver-o-Peso


Historia



No século XVII, onde hoje esta o Mercado Ver-o-Peso, numa área que era formada pelo igarapé do Piri, os portugueses instalaram um posto de fiscalização e tributos dos gêneros trazidos para a sede das capitanias (Belém-PA). Este posto foi denominado Casa de Haver o Peso, que também tinha como atividade o controle do peso dos produtos comercializados. No início do século XIV, o igarapé Piri foi aterrado e, na sua foz, foi construída a doca do Ver-o-Peso.

Embora a cidade estivesse abalada pela revolta popular denominada Cabanagem (1835-1840), a Casa de Haver o Peso funcionou até os meados do ano de 1839. Em outubro deste mesmo ano, a repartição foi extinta e a Casa foi arrendada e destinada à venda de peixe fresco.

Em 1847, com o término do contrato de arrendamento, a Casa foi demolida e iniciada a construção dos Mercados de Peixe e de Carne, este último também conhecido como Mercado Municipal ou Mercado Bolonha, uma vez que sua edificação foi feita pelo engenheiro Francisco Bolonha.

No Ciclo da Borracha, entre o final do século XIX e começo do século XX, a cidade de Belém teve grande importância comercial, principalmente para o cenário internacional. Neste período, também se pode registrar mudanças urbanísticas. Importantes edificações foram surgindo e erguidas, entre as quais, o Palácio Lauro Sodre, o Teatro da Paz, o Palácio Antonio Lemos e o Mercado Ver-o-Peso.

A construção do Mercado de Ferro, como inicialmente era conhecido como Mercado Ver-o-Peso, foi autorizada pela lei municipal nº 173, de 30 de dezembro de 1897, e sua edificação, com o projeto de Henrique La Rocque, teve início no ano de 1899. Toda a estrutura de ferro do Mercado foi trazida da Europa seguindo a tendência francesa de art Nouveau da Belle Époque. Foi inaugurado em 1901.

O mercado faz parte de um complexo arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de 35 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas, dentre elas o Mercado de Ferro, o Mercado de Carne, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açai, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira. O conjunto foi tombado pelo IP